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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Produção com qualidade ou produtividade: dilema constante do pesquisador

Ana Lúcia Fontes de Souza Vasconcelos, Dra.|UFPE(1)
Você já se perguntou, como pesquisador, se nossas pesquisas estão impactando a realidade? Buscando respostas convido-os a pensar juntos sobre nossas escritas, as possíveis manifestações e esperados impactos no mundo real. Dessa forma, com base em dados, possamos nos situar se estamos refém de um sistema meramente produtivista [que incentiva e valoriza apenas quantidade], construído com uma visão do tipo utilitarista, ou se realmente o nosso compromisso é com o resgate da dignidade humana e a justiça social.
Nesse processo de reflexão e questionamento sobre o impacto [ou a falta] das pesquisas científicas na realidade, o objetivo da exposição da obra artística (inserida na educação não formal com múltiplas oportunidades de aprendizados) em pintura a óleo intitulada “Responsabilidade Social do Ensino Superior” é, além de retratar a desigualdade social, sensibilizar e conscientizar todos que fazem parte da academia para um debate sobre as perspectivas atuais da educação.
Este debate inicia-se dentro de nossas salas de aulas, conduzido por professores educadores integrados aos princípios éticos de responsabilidade social das Universidades Públicas.
Dessa forma, estar-se-á, por meio por meio do processo educativo, possibilitando a efetiva formação de sujeitos situados no tempo e no espaço. Assim, ante as características do nosso tecido social, o foco será na formação do ser histórico capaz de se assumir comprometido socialmente. 
Figura: Impacto das pesquisas na realidade
Fonte:. Quadro pintado pela autora participou de evento cientifico na UFRPE em modalidade artística.
Sobre a questão “produtivismo x qualidade”, o texto publicado no caderno Ciências, Folha de São Paulo, com o título “Brasil cresce emprodução científica, mas índice de qualidade cai” [22/04/2013] fornece um desbotado retrato de nossa produção, consequência de uma orientação institucional induzida pela ótica da produtividade. De acordo com o texto, de 2001 para 2011, o Brasil subiu de 17º lugar mundial na quantidade de artigos publicados para 13º, uma conquista que costuma ser comemorada em congressos científicos do país. Em 2011, os pesquisadores brasileiros publicaram 49.664 artigos. O número é equivalente a 3,5 vezes a produção de 2001 (13.846 trabalhos).
No entanto, a euforia da produtividade é ofuscada pelo problema da qualidade dos trabalhos científicos brasileiros. Se avaliarmos as pesquisas publicadas, por exemplo, pela métrica número de vezes que cada estudo foi citado por outros cientistas (o chamado "impacto"), neste quesito, o Brasil despencou, passamos do 31º lugar mundial para 40º. China e Rússia, por outro lado, ganharam casas no ranking de qualidade nesse período.
Nesse sentido, a universidade tem a função de potencializar a ação e a reflexão, nos mais diversos campos do conhecimento, em vista de um compromisso social. Na busca por responder aos desafios de integração dos aspectos social e científico no ensino superior, a sala de aula contextualizada com dados da realidade é o lócus privilegiado para debater e construir respostas às questões sociais. Assim, as IES assumem, enquanto um dos espaços de reflexão crítica, o papel de contribuir para a oxigenação do pensar e do agir na busca da excelência do aprendizado de forma contextualizada.
Estamos no jogo, por isso, vamos elaborar sugestões inovadoras de transferência de tecnologias sociais com os conhecimentos científicos que possam estar dialogando com outros saberes, ancorados no principio básico: respeito e cooperação.
Finalizo este texto com as palavras do Mestre da Educação Paulo Freire: “Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformá-la e o seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu Eu e as suas circunstâncias.

(1)  Ana Lúcia Fontes de Souza Vasconcelos, Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Católica de Pernambuco (1989), Mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e Doutorado em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Atualmente é Professora Adjunto 3 da UFPE do DCC. Possui experiência de pesquisa na área Capital Social, Capital Humano, Avaliação de Impactos em Programas Sociais, Controle Gerencial para o Terceiro Setor. Áreas de interesse em pesquisa:Gestão Pública, Responsabilidade e Controle Social, Modelos de Avaliação e Indicadores de Desempenho para Entidades sem fins lucrativos; Avaliação de Programas Sociais, Evolução Histórica das Práticas e Conhecimentos Contábeis. Participa dos grupos de pesquisa ARCUS-UFPE: Ações em Rede Coordenadas no Universo Social. Líder do grupo de estudo e pesquisa Informações Contábeis para usuários internos e externos em Gestão Pública, Responsabilidade e Controle Social com linhas de pesquisa: 1) Informações Contábeis na Transparência dos Gastos Públicos. 2) Informações Contábeis na Transparência dos Gastos Públicos. 3) Informações Contábeis em Gestão Pública de IES . Contato: anafontes_ufpe@yahoo.com.br

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ainda sobre apresentações ....

Lauro Brito de Almeida, Dr. EAC|FEA|USP(1)
Avaliar abordagens diferentes sobre o mesmo tema, aliado ao exercício de análise crítica, entendo, permite que possamos selecionar as fontes mais adequadas para nossa aprendizagem e prática profissional.


Com essa perspectiva em mente, compartilho vídeo publicado na revista Perspectiva, ISAE, 22ª. edição, ano 2013.
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Após assistir o vídeo, o ideal é ler [ou reler] o post anterior, comparar, analisar e começar a construir a melhor estratégia para suas apresentações, acadêmicas ou profissionais.

Caras e caros, bom divertimento


(1) Lauro Brito de Almeida, Doutor em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP, Pós-Doutorando em Administração pelo PPAD PUC PR e Professor do PPG Mestrado em Contabilidade da UFPR. Interesses de pesquisas em Análise Gerencial de Custos, Economia de Empresas e Educação, Ensino e Pesquisa. Experiência e atuação profissional em Análise Gerencial de Custos, Orçamento Empresarial, Elaboração de Plano de Negócios para Pequenas e Médias Empresas, Analise Econômica e Financeira e Elaboração de Estudos e Pareceres. Contato: gbrito@uol.com.br

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mestres no Brasil: um primeiro olhar


Lauro Brito de Almeida, Dr. EAC|FEA|USP(1)
O Centro de Gestão e Estudos Estratéticos [CGEE], organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, lançou [22/04/2013] um abrangente estudo sobre a formação de mestres no Brasil. A proposta do estudo é fazer uma radiografia. A edição, no formato digital, pode ser acessada no endereço [http://www.cgee.org.br/publicacoes/mestres_e_doutores.php]. Este post é um primeiro comentário sobre o assunto e utilizo como pano de fundo partes do texto publicado no Valor Econômico, Caderno Eu & Carreira [22/04/2013, p.D3] sob o título de “Aumenta o númerode mestres no país”. A figura “Radiografia” [nome equivocado para o conteúdo da tabela] detalha a quantidade de titulados, por

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Práticas de Contabilidade Gerencial: tal como no velho oeste?

Lauro Brito de Almeida, Dr. EAC|FEA|USP(1)
No Brasil a prática profissional de contabilidade societária  [e outras associadas ]só pode ser exercida pelos graduados em contabilidade e com registro no órgão de classe do seu estado. Por outro lado, em contabilidade gerencial, no entanto, a matiz dos praticantes é diversificada. 
Encontramos graduados em contabilidade, economia, administração, engenharia de produção, só para citar os mais comuns. Basta ver alguns anúncios de empregos. 
Os textos de contabilidade gerencial, contabilidade de custos, gestão estratégica de custos, na introdução costumam diferenciar os campos de atuação: contabilidade societária vs contabilidade gerencial.