Lauro Brito de Almeida, Dr. EAC|FEA|USP(1)
É usual, inclusive entre os contadores, o uso do termo “baixa
contábil”. Os analistas de mercado são mais debochados e recentemente cunharam
o termo “limpeza contábil”, neste caso abrangendo, também, os eventos
relacionados ao reconhecimento de futuras perdas, quer por ações fiscais ou não.
O mote para esta digressão é o texto publicado na edição do
jornal Valor Econômico de 21/12/2012, com o
título: “Vale pode fechar trimestre com prejuízo” ilustra bem essa situação. O
texto trata do reconhecimento de perda com investimentos feitos em um projeto
de níquel em Onça Puma no Pará.
É preocupante como somos hábeis na arte de banalizar situações,
quer como um processo de desacreditar alguém, uma ideia ou simplesmente se
esquivar de algo. Noto com muita frequência na imprensa, o uso incorreto de
"baixa contábil", "limpeza contábil", como se fosse algo,
do tipo, "doe ou jogue fora o que você não usa".
O texto é enfático ao abordar a "baixa contábil":